Geralmente, usamos o termo “bode expiatório” para fazer alusão à pessoa que leva a culpa e acabando sendo punida por algo que não fez. Mas você sabe qual é a verdadeira origem da expressão que usamos no dia a dia?
Para responder a pergunta, precisamos navegar um pouco na história das antigas tradições judaicas. Você confere mais detalhes no decorrer de nossa matéria. Compartilhe o conteúdo com amigos e familiares para que mais pessoas saibam a origem por trás de bode expiatório.
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Qual é a origem da expressão bode expiatório?
Vamos voltar um pouquinho no tempo? O termo faz referência ao que era chamado de “Dia da Expiação”, em que os povos hebreus realizavam uma série de rituais como maneiras de purificar a nação de todos os pecados já cometidos dentro da comunidade.
A tradição, inclusive, pode ser encontrada no livro Levítico da Bíblia. Para que os rituais surtissem o efeito esperado, os hebreus organizavam o ato religioso a partir de dois bodes. Um deles seria sacrificado, enquanto o outro simplesmente deveria ser abandonado à sua própria sorte.
Mas como o ritual funcionava na prática? Os hebreus, durante a tradição, selecionavam dois bodes. Feito isso, eles sorteavam qual dos dois seria sacrificado. O sangue do eleito seria espalhado pelos templos como uma forma de marcação do ritual.
Já o outro bode serviria como “expiatório”. Ou seja, um dos sacerdotes colocaria a mão sobre o bode, no sentido de “transferir” todos os pecados da comunidade para o animal. A partir daquele momento, o bode carregaria as falhas do povo durante o seu tempo em vida.
O animal, feito isso, era abandonado longe da comunidade e, geralmente, em ambiente desértico. Assim, ele teria provavelmente pouco tempo de vida. Ou seja, os pecados seriam eliminados junto à morte da carne do animal.
Existem muitas tradições antigas em que os povos usavam os animais como referência na hora de preparar e realizar os rituais. Lembra daquela história dos irmãos Caim e Abeu? Pois é, ambos os irmãos entregaram oferendas para colher bons frutos à família a partir do contato com o divino.
Abeu foi considerado como o irmão mais virtuoso justamente por ter oferendado um animal como sacrifício durante o ato, enquanto o invejoso Caim apenas havia “entregado” hortaliças na oferenda em questão.