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The Batman mostra que tem MUITO potencial

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Passado o hype da estreia do filme The Batman, é seguro afirmar que já se pode falar sobre a obra sem correr o risco de dar grandes spoilers, uma vez que, há quase uma semana, não existe filme mais comentado na internet.

O que se pode dizer é que, contrariando todos os temores, é que The Batman é um bom filme! É um ótimo entretenimento e, certamente, servirá para deixar todos felizes após assistir a nova aventura do Homem Morcego nas telonas. Mas é importante que se diga que o filme é bom, não a obra prima que muitos querem fazer parecer.

The Batman é uma aventura com um bom enredo, ótimos personagens e atores que, em sua maioria, conseguiram passar a emoção necessária para fazer o filme dar certo.

O que dizer de Colin Farrell que, irreconhecível, entregou um Pinguim forte, com boas tiradas, que trabalhava no meio de gente mais poderosa que ele e, sem ser caricato, conseguiu dar leveza a momentos de tensão. Quem também merece destaque é John Turturro, que interpreta Carmine Falcone. O ator esteve ótimo, com destaque e roubando a cena quando aparecia.

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A única coisa que não convenceu em The Batman foi a ligação entre Falcone e a Mulher Gato. Aliás, a dubiedade da personagem foi toda posta de lado no filme, que a retratou como uma mocinha. Se a gatuna não estivesse presente na película, não faria falta.

Já o astro principal, Robert Pattinson, é um caso a parte. Se pensarmos no filme como um todo, ele pode ter um desempenho considerado mediano. O mais correto seria pensar que ele interpretou dois papéis: Bruce Wayne e Batman. Sim, os dois são a mesma pessoa, mas o desempenho de Pattinson muda de acordo com a nuance do herói que ele está interpretando.

Se for Bruce Wayne, o desempenho dele cai. Um Bruce pálido, meio emo, que não é merecedor do nome que carrega. Para um playboy que já encara os perigos de Gotham City há dois anos, ele teria que ser interpretado com mais altivez. Talvez a culpa não seja do ator, mas sim do enredo, mas a verdade é que de todas as encarnações de Bruce Wayne nos cinemas, essa é a pior.

Mas quando a chave muda e Bruce põe a máscara, o desempenho de Pattinson em The Batman cresce. Apesar de já combater os crimes na cidade há dois anos, o longa dá a entender que é a primeira vez que Batman encontra uma ameaça grande e real. Então, as expressões, o cuidado que ele tem ao observar tudo, transparecem ao espectador a dúvida sobre o passo que ele está dando.

The Batman respeita o legado cinematográfico do personagem

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O Cruzado Encapuzado já foi interpretado por grandes atores e Pattinson, sabendo desse legado, não deixou a peteca cair e entregou um grande Batman.

Os dois fiéis ajudantes de Batman, Alfred e Comissário Gordon, também dividem opiniões. Andy Serkis não conseguiu entregar um bom mordomo e escudeiro de Bruce Wayne. Pelo contrário, apareceu pouco e nas cenas em que apareceu, não acrescentou.

Talvez fosse melhor deixar esse Alfred cuidando da mobília da Mansão Wayne. Em relação ao Comissário Gordon, ele é bom, mas parece meio deslocado. Jeffrey Wright é um grande ator, mas não convenceu. Talvez o policial pudesse ser interpretado por alguém mais jovem, que pudesse construir uma relação de amizade com o Batman.

O grande destaque do filme foi o Charada que foi retratado de maneira sombria e com motivações para fazer tudo o que fez. Paul Dano se envolveu com o personagem e deu grandiosidade ao filme. Apesar de não ter tanto tempo assim de tela, ele é o melhor personagem.

A trama do filme não é tão complicada assim, se tornando uma clássica história de detetive, mas que pode transportar o Batman para o que ele foi em seus primórdios. A construção da história mostra que os personagens ainda estão em desenvolvimento, ou seja, ainda podem crescer e se modificar dependendo do lado para que o diretor queira levar o próximo filme.

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The Batman acima de tudo é um filme sobre o lado humano do Batman

A Gotham City de Matt Reeves é, também, um personagem e que deve ajudar no desenvolvimento do próprio Batman e de seus vilões. O longa deixa algumas pontas soltas (como era de se esperar), onde vários personagens podem ser introduzidos.

Porém, é preciso ver também que esse Batman, assim como a trilogia do Nolan, vai para um lado um pouco mais realista (se é que isso é possível) e não deixa espaço para que outros heróis sejam inseridos (exceção óbvia para a “bat-família”). Essa nuance impede (será?) esse Batman de ser incluído no Universo Estendido da DC.

Mas e quem disse que isso é ruim?

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